Metaverso: o que é e como as criptomoedas irão acelerar sua evolução?

Metaverso Fácil

O Metaverso é um mundo 100%, onde pessoas se conectam com outras através de uma experiência imersiva única. É possível jogar, comprar itens virtuais, criar negócios e uma gama infinita de possibilidades. E a adoção desse novo universo está cada vez mais próximo da realidade, impulsionado pelo crescimento das criptomoedas.

Equipe 2nd Market

02 ago 2022 • ATUALIZADO 02 ago 2022

Você sabe o que é ou já ouviu falar do Metaverso?

Viver em um mundo virtual, em que as pessoas interagem umas com as outras através de óculos VR e com experiências únicas parecia ser algo reservado apenas para filmes, séries e desenhos.

Grandes clássicos dos anos 80 já vislumbravam algo parecido, com motocicletas pixeladas e mais rápidas que a velocidade do som dentro do universo de “Tron”.

Porém, o que era apenas ficção científica no final do século XX, hoje parece que viver em um mundo digital em paralelo com a realidade está sendo trazido para o nosso universo físico.

E neste artigo, você terá a oportunidade de conhecer o Metaverso, suas origens, aplicações e como as criptomoedas estão acelerando a adoção dessa realidade virtual, arrebanhando milhões de usuários ao redor do mundo.

O que é Metaverso?

Se você pensa em um mundo 100% digital, onde é possível fazer de tudo, então está praticamente entendendo o Metaverso.

Em poucas palavras, ele é um aglomerado de “coisas virtuais” que funcionam em paralelo com a realidade.

Pode-se dizer inclusive que o Metaverso é uma extensão do mundo real, ampliando as diversas experiências que temos no dia a dia.

Nas palavras de Matthew Ball, investidor anjo e bem conhecido no meio pelo seu livro “The Metaverse”, seria uma versão 3D em larga escala da internet e da computação em geral.

Ainda de acordo com Ball, é possível entender esse conceito analisando a evolução tecnológica que uniu essas duas grandes invenções.

Quando a computação e a internet surgiram, todas as interações eram realizadas através de texto (e-mails, aplicativos de mensagens e assim por diante).

Lentamente, essas interações passaram a ser baseadas em conteúdos de mídia (fotos, vídeos, streaming), até surgir o 3D e elevar a experiência dos usuários.

Por fim, se pensarmos que os smartphones são pequenos computadores que cabem no bolso e dão acesso a internet em qualquer momento, Ball afirma que o “Metaverso seria estarmos dentro dessas máquinas e on-line para o mundo inteiro”.

Mas como esse termo surgiu e foi abraçado por milhões de pessoas?

A origem do termo

Muitos acabam associando o Metaverso com o fato de Mark Zuckeberg ter mudado o nome de sua empresa para Meta, englobando todas as suas outras redes sociais (Instagram e WhatsApp).

A verdade é que, por mais que esse novo ecossistema tenha atraído a atenção de milhões no mundo inteiro, esse conceito não é tão recente assim.

Na década de 90, quando a internet começou a se tornar mais acessível para pessoas comuns, autores de ficção científica se inspiraram no que o futuro poderia reservar, quando o mundo estivesse 100% conectado.

E assim foi lançado “Snow Crash”, livro escrito por Neal Stepheson inspirado no universo “cyberpunk” – se você assistiu Blade Runner, é mais ou menos essa pegada – e lá, está o primeiro registro do termo “Metaverso”.

A obra conta a história de Hiro, um hacker que trabalha como entregador de pizza para uma organização mafiosa, mas que no universo virtual, é um príncipe samurai.

Nessa história, o Metaverso é um mundo de realidade virtual retratado como um mercado que circunda o planeta, onde imóveis virtuais podem ser comprados e vendidos.

E os usuários, que usam óculos de realidade virtual, são representados por avatares 3D, ao qual eles escolhem como serão montados.

Pessoa explorando o Metaverso

Claro que a história é uma visão mais caótica do autor, mas o Metaverso mostra que seu potencial para novos mercados e experiências é ilimitado, ganhando a atenção de grandes empresas e corporações.

Você verá que, apesar de estar em alta nos últimos anos, temos exemplos desse ecossistema que já possuem milhões de usuários ativos.

Existe mais de um Metaverso?

Enquanto que no mundo virtual de “Snow Crash” é preciso ter um óculos de realidade virtual para incorporar um príncipe samurai, algumas plataformas já proporcionam a experiência do Metaverso a muitos anos, para quem possui qualquer dispositivo com acesso a internet.

Veja alguns exemplos.

Roblox

A Roblox é ma empresa com mais de duas décadas de existência, conhecida por por ser um “mundo de jogos”, em que os usuários podem criar e compartilhar seus projetos.

Meta

O impacto que as redes sociais controladas por Mark Zuckeberg teve na vida on e off-line para milhões de pessoas foi crucial na criação de um novo universo digital.

Além do Meta deter uma gama de tecnologias voltadas para o Metaverso, o seu óculos virtual é um dos mais populares para acessar o ecossistema.

Decentraland

A Decentraland um mundo digital online que combina elementos sociais com criptomoedas, NFTs e imóveis virtuais.

Além disso, os jogadores também têm um papel ativo na governança da plataforma.

Minecraft

O jogo e simulador preferido de crianças e adolescentes, Minecraft, em que os jogadores podem construir uma infinidade de coisas em um mundo aberto, também é considerado um Metaverso.

Second Live

A Second Live um ambiente virtual 3D onde os usuários controlam avatares para socialização, aprendizado e negócios.

O projeto também possui um mercado NFT para troca de colecionáveis e que cresce todos os dias.

Possibilidades além dos jogos

As aplicações mais amplas além dos jogos são impressionantes e muito promissoras quando se analisa mais a fundo o potencial do Metaverso.

Muitas empresas que embarcaram no movimento também vislumbram algum tipo de nova economia, onde os usuários podem criar, comprar e vender bens e serviços.

Nas visões mais idealistas desse mundo digital, ele terá interoperabilidade, permitindo que você leve itens virtuais como roupas ou carros de uma plataforma para outra.

Pessoa curtindo o Metaverso

Músicos e gravadoras estão experimentando sediar shows no Metaverso, como aconteceu com o rapper Travis Scott, que fez um show exclusivo dentro do jogo Fortnite para 12.3 milhões de pessoas em 2020.

A indústria dos esportes está seguindo o exemplo, com grandes franquias como o Manchester City construindo estádios virtuais para que os fãs possam assistir aos jogos e, por conseguinte, comprar mercadorias virtuais.

A Nikeland, um lugar para sair, jogar e vestir seu avatar em produtos virtuais da Nike, abriu no Roblox em 2021, e ate agora, quase 7 milhões de pessoas visitaram a loja virtual.

Outras possíveis aplicações estão relacionadas a forma como nós iremos trabalhar, fazendo com que algumas empresas enxergassem essa necessidade após a pandemia de Covid-19.

Com grande parte das pessoas adotando home office ou regime de trabalho híbrido, o Metaverso pode ampliar ainda mais a experiência entre os colaboradores, em que eles podem interagir entre si de uma forma mais dinâmica, o que seria impossível de se conseguir através do Zoom por exemplo.

Em resumo, a concepção mais popular do Metaverso é: um mundo baseado em VR, independente do nosso mundo físico, onde as pessoas podem socializar e se envolver em uma variedade aparentemente ilimitada de experiências virtuais, todas apoiadas por sua própria economia digital.

E nesse último aspecto, as criptomoedas representam uma peça imprescindível para a evolução dos Metaverso.

Metaverso e criptoeconomia

Se no futuro, vamos trabalhar, socializar e até comprar itens virtuais no Metaverso, precisaremos de uma maneira segura para afirmar que temos alguma propriedade sobre eles.

Também precisamos nos sentir seguros para transferir tanto os itens que possuímos quanto nosso dinheiro, além de poder desempenhar um papel na tomada de decisão que ocorre nesse mundo virtual, se esse universo for uma parte tão importante de nossas vidas.

Representação de uma pessoa fazendo pagamentos no Metaverso com seu Bankai Card

Nisso, as criptomoedas cumprem aspectos importantes para qualquer ecossistema virtual, que vamos listar a seguir:

  • Prova digital de propriedade: ao possuir uma carteira com acesso às suas chaves privadas, você pode provar instantaneamente a propriedade de uma atividade ou um ativo no blockchain devido as transações na rede durante o trabalho serem públicas. Uma carteira é um dos métodos mais seguros e robustos para estabelecer uma identidade digital e prova de propriedade.
  • Colecionáveis digitais: assim como podemos estabelecer quem possui algo, também podemos mostrar que um item é original e único. Para um Metaverso que busca incorporar mais atividades da vida real, isso é importante. Através das NFTs, podemos criar objetos que são 100% únicos e nunca podem ser copiados ou forjados. Um blockchain também pode representar a propriedade de itens físicos.
  • Transferência de valores: todo Metaverso precisa que as transferência de valores entre os usuários seja confiável. Se os usuários ficam muito tempo no Metaverso e até ganham dinheiro lá, eles precisarão de uma moeda confiável, algo que as criptomoedas cumprem com excelência.
  • Governança: a capacidade de controlar as regras de sua interação com o Metaverso também deve ser levado em conta. Na vida real, podemos ter direito a voto nas empresas e eleger líderes e governos. Todo Metaverso também precisará de maneiras de implementar uma governança justa, e a blockchain já é uma maneira comprovada de fazer isso, com as DAOs, por exemplo.
  • Acessibilidade: é possível criar uma carteira digital em blockchains públicos. Ao contrário de uma conta bancária, você não precisa pagar nenhum dinheiro ou fornecer detalhes pessoais para ter uma. Isso o torna uma das maneiras mais acessíveis de gerenciar finanças e uma identidade digital online.
  • Interoperabilidade: A tecnologia blockchain está melhorando continuamente a compatibilidade entre diferentes plataformas. Projetos como Polkadot (DOT) e Avalanche (AVAX) permitem a criação de blockchains personalizados que podem interagir entre si. Um único Metaverso precisará conectar vários projetos, e a blockchain já possui soluções para isso.

Você está preparado?

Será questão de tempo para que o Metaverso esteja presente em todos os aspectos da nossa vida.

Assim como a internet, que surgiu ainda nos anos 70 e hoje é parte imprescindível do nosso dia a dia, tudo indica que os universos virtuais serão a nossa nova realidade.

É claro que muita coisa ainda precisa ser desenvolvida, e atualmente o maior desafio enfrentado para que isso aconteça é a interoperabilidade.

Mas como já mencionamos, as criptomoedas serão a chave para tornar o Metaverso mais acessível e confiável para milhões de usuários ao redor do mundo.

E como você pode se preparar para mergulhar de cabeça nesse universo digital, recheado de oportunidades e experiências incríveis?

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