O Último Suspiro do Petro: A Queda da Primeira Criptomoeda Governamental do Mundo

Notícia blockchain

Equipe Bank.ai

21 jun 2023 • ATUALIZADO 21 jun 2023

Este mês, o universo das criptomoedas presenciou a derrocada de um aspirante a gigante – o Petro, notoriamente conhecido por ser a primeira criptomoeda lançada por um governo, está à beira do abismo. Segundo informações internas do regulador de cripto da Venezuela, a Superintendência Nacional de Criptoativos e Atividades Conexas (Sunacrip), o futuro do Petro é incerto.

Iniciado há cinco anos, o Petro aspirava ser uma resposta inovadora aos problemas econômicos da Venezuela, driblando sanções internacionais e proporcionando um novo meio para transações financeiras. No entanto, a primeira criptomoeda estatal do mundo não alcançou as expectativas.

Conforme relatórios, três pessoas associadas à Sunacrip anunciaram que a entidade decidiu dissolver a moeda digital. Esta ação surge após alegações de um esquema de corrupção de 20 bilhões de dólares ligado ao ex-diretor da Sunacrip, Joselit Ramirez. Com a reestruturação da Sunacrip, os grandes detentores do Petro serão ressarcidos, incluindo varejistas que aceitavam a criptomoeda como meio de pagamento.

O Petro, que já vinha apresentando queda no mercado antes desse anúncio, desempenhou um papel crucial na economia venezuelana, servindo como unidade de conta para emissão de documentos nacionais e pagamento de impostos. A direção futura da Sunacrip na liquidação desses pagamentos é incerta.

O economista venezuelano Aaron Olmos expressou suas preocupações com a dissolução do Petro, acreditando que isso sinaliza o término de um experimento econômico que poderia ter sido uma solução para os desafios financeiros da Venezuela, mas foi derrotado pela má gestão pública.

O declínio do Petro pode se tornar um ponto crucial nas negociações entre a administração Biden e o governo de Nicolás Maduro. Apesar de ter sido considerada para acordos internacionais, a criptomoeda enfrentou obstáculos consideráveis, como a proibição imposta pelo ex-presidente Trump em 2018, que proibiu os cidadãos americanos de comprá-la.

A Sunacrip, em meio a uma reestruturação após a prisão de Ramirez, deverá descontinuar o Petro. Ainda assim, o impacto desse movimento na economia venezuelana e no cenário de criptomoedas do país é incerto. Devido a problemas operacionais enfrentados pela blockchain do Petro em maio, várias carteiras foram bloqueadas, e as ramificações dessa crise ainda estão por serem compreendidas.

Por fim, o declínio do Petro evidencia a complexidade e os desafios da implementação de uma criptomoeda governamental. No entanto, essa história serve como um estudo de caso importante para governos ao redor do mundo que consideram a adoção de criptomoedas.

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